Freigeist

Sobre pessoas inadequadas ao trabalho. Espíritos livres, diz a palavra em alemão. Sobre mazelas de trabalho. De todo o tipo. Horários, colegas, tarefas, mentalidades, conversas, programinhas sociais, etc.. Para constatar que, nos dias atuais, independente do trabalho, estamos todos nivelados pelo estreitamento. E um lembrete: trabalho não é prazer, é meio de ganhar dinheiro. Realização vem no processo. E de vez em quando.

Friday, December 08, 2006

Comemorar o que?

Realmente, não tenho escrito faz um bom tempo. Até me desculpei alegando que eu, por mais incrível que isso pareça, estou feliz com meu trabalho.
E realmente estou - o que se refere ao trabalho em si, pelo qual sou pago. De resto - já naturalmente um cara fechado para pessoas estranhas - evito conversas, sempre almoço sozinho e não saio com a galera do trabalho. Já conversei, já almocei com colegas, até já saí... mas parei com isso quando percebi que no fundo, me entediava. A maioria das pessoas aqui considero gente fina, mesmo assim seus assuntos me chateam. Carro, mulher, futebol, piadas sobre homosexuais... é triste, mas é por aí...
Assim não sou nem feliz, nem infeliz no ambiente de trabalho. A infelicidade se instala no momento em que sou forçado à convivência.

E então hoje - a festa de fim de ano da empresa.
Para começar, não se pode levar ninguém, o que para os namorados é bastante chato. Felizmente (ou infelizmente) isso não me afeta. Ano passado tinhamos um quarto dos funcionários e pudia se levar ficante, namorada, amigo, filho, whatever. Neste ano a desculpa dada é justamente que a empresa cresceu muito e tendo tanta gente não caberia todo mundo.
Ora bolas! Então que se faça uma festa maior! Será que a empresa só cresceu em número de pessoas e não econômicamente? Triste prova de má administração?

E fora isso óbviamente não estou com a menor vontade de ir. Já falei isso para alguns e recebi olhares constrangidos -"Poxa, vamos comemorar, vamos curtir!"
Comemorar o que? Curtir o que? eu pergunto. O Fim do ano eu comemoro com amigos... curtir eu curto com pessoas queridas, não com colegas de trabalho.

Tentei convencer uma colega (aliás uma das minhas colegas mais querida, que considero quase amiga) a não ir, mas ela me disse que achava importante "mostrar a cara"; importantíssimo aliás. Que decepção, não esperava ouvir isso.
Pelo menos sei que ninguém da minha área (que conta três pessoas) vai na festa. Quer dizer, minha colega não vai e agora também soube do meu chefinho, que ia levar seu notebook e colocar som, que também está desistindo.... enfim.

Enfim, lá vou eu me decidir. A onda é empurrar a decisão até as 22h (começo da festa) e a essa hora já estar bastante bêbedo para afirmar "claro que não vou" para mim mesmo.

Friday, November 10, 2006

Ratatá

Já ouvira a palavra algumas poucas vezes, mas nunca tanto quanto no trabalho. Aqui é atividade de praxe. Tirar do seu dinheiro para dar presentes para os colegas. Colegas. Ponto. E para o chefe. Minha primeira experiência com o ratatá foi aliás com o chefe. Recém chegada na empresa, recebo aquela intimação disfarçada de gentileza para o aniversário do homem.

Caros colegas,
Como todos sabem o aniversário do ... está chegando. Resolvemos organizar uma pequena comemoração aqui, no dia 30 mesmo, terça-feira.
Dessa vez, como a festinha é para ele, não haverá subsidio da empresa, nós vamos bancar tudo. Se todo mundo entrar, serão R$ 23,50 p/ cada um, com direito a cerveja e cardápio árabe.
Todo mundo topa?
AH! MUITO IMPORTANTE: É SURPRESA, OK??

Bj

Com duas semanas de trabalho, eu não poderia bancar o tradicional papel de "otária cheia de personalidade que se fode no final" e dizer: "Não, não topo". A festinha foi somente ok, apesar do preço abusivo por pessoa. E na hora de dar o presente para o chefe, que lindo.... Aquele monte de mulheres entregando um quadro repleto de fotos de momentos de amizade e companheirismo na empresa e o CD e DVD do filme "Vinícius".

Passa um tempo. Tragédia pessoal com o faxineiro negro e homossexual, que todos acham uma comédia, é uma espécie de atração local, por seu jeito peculiar. Sua mãe foi atropelada e quebrou as duas pernas. Solução? Subsídio do chefe? Não! Ratatá dos empregados.

Galera, a mãe do ... foi atropelada e quebrou as duas pernas. Uma foi operada, a outra está engessada. Como não houve socorro na hora, ele se desesperou e a pegou no colo, o que fez com que ela também precisasse ser engessada na altura da barriga. O menino gastou todo o dinheiro do 13o e mais alguma coisa em táxi, remédios, além de ter tido que contratar uma pessoa para cuidar da mãe. Minha sugestão: doar uma quantia qualquer para dar uma força para ele. Quem puder ajudar, será super bem-vindo. Estou responsável por recolher o dinheiro. Queria ver se a gente conseguia entregar no fim do dia, para dar uma força.
Bjs

Novamente, como não contribuir? A contribuição poderia ser espontânea, mas a convocação via e-mail lhe dá um caráter imperativo e hipócrita.

Terceiro movimento: três funcionárias se formam. E o resto com isso? Bem, o resto tem que dar um presente de formatura, como não? Novamente chega o mail de convocação. Decido tomar uma atitude e me omito na resposta. Não as conheço direito e não me sinto na mínima obrigação de presenteá-las porque estão se formando. Mas o espírito do ratatá é perseverante e chega um novo aviso:

Povo que não responde e-mail!!!
Última chamada! Quem vai querer participar do ratátá para comprar os presentes das nossas queridas formandas? São 15 pratas.
Por favor respondam, mesmo que seja "NÃO, DE JEITO NENHUM".
Preciso fechar logo as contas para ver o que vamos comprar.
Ah! Vou recolher o dinheiro na sexta, dia em que recebemos.
Bjo

Quem vai responder "Não, de jeito nenhum!"? Este tipo de abertura, característico dos ambientes de trabalho, me toca. Mantenho o meu silêncio e não desembolso um real.

Quarto movimento: chega o e-mail sobre uma informação que você não estava sabendo e ainda com uma gíria, um português, que hummmm.... ai como me fere os ouvidos.... Uma palavra de introdução no mesmo nível de pedido imbecil a ser feito.

Gentem... como a maioria deve saber a Ci comprou um sítio em Petrópolis que ela tanto queria. Estamos pensando em fazer um ratatá e comprar um presente legal pro sítio. É surpresa hein!!!
O que vocês acham?
Bjs

Sítio? Que sítio? O silêncio tem que continuar. Felizmente dessa vez não chega mais um mail insistente para aborrecer os dois ou três que não participam da palhaçada e colocá-los em uma situação embaraçosa.

Quinto movimento: a horripilante palavra ratatá ganha uma nova versão. E os eventos continuam. Agora é aniversário de novo.

Oi povo!!! terça, dia 14/11, vamos fazer um churrasquinho aki pra comemorar o niver da Gi (11/11) e o da Ci (22/11). Pensamos em fazer uma rachucha para comprar os presentinhos. Nós podíamos estar roubando, podíamos estar matando, mas estamos aqui pedindo pra quem quiser e puder contribuir com R$ 10,00....
Também queremos sugestões de presentes!!!!
Ah, e nem precisamos avisar que é surpresa né!!!
Bjs

É muito carinho, é muita emoção, é muito companheirismo, é muita amizade neste meu trabalho. O ambiente caloroso mais parece um útero materno. Ou seria paterno, de acordo com a figura paternalista do capo, que pergunta pela vida amorosa de suas funcionárias, dá dicas sobre seus hábitos pessoais e faz todas rirem com seu humor meio sacana, meio sem-graça.

Em seis meses de trabalho: 23,50+quantia simbólica indefinida+15,00+20, ou 10,00 = aproximadamente 60 reais ou 70 reais.
Ando muito feliz aqui no meu trabalho.

Thursday, November 09, 2006

Na volta da viagem de trabalho

Agora. Neste momento. Não era necessária a viagem. Não era necessária a obrigação de acordar cedo. Não era necessária a certeza de que o velho capo grosseirão reclamará do meu trabalho amanhã. Para ele nunca é o suficiente. Para os chefes nada costuma ser o suficiente. A não ser que você lamba sua bunda com o silêncio nos esporros e o riso escancarado nas piadas que só para eles fazem sentido.
Mas tudo bem. Tenho me calejado. Me sinto forte quando me calo perante a insanidade dos esporros sem sentido. Os sapos engolidos se tornaram um sinal de fortalecimento, ao passo que cuspir em alto e bom som minhas opiniões nas relações de hierarquia estava me exaurindo. Muita exposição e nenhuma recompensa em qualquer plano. Consigo olhar de cima, mesmo engolindo o sapo.

Na viagem não deu para fazer tudo o que ele pensara e nem mesmo o que fora planejado. Cinco cidades em dois dias. Programas alternativos em cinco cidades em coisa dias. Guia dos programas alternativos de todo o estado em menos de um mês. Neste ritmo não vai dar, meu camarada. Eu já sei disso. Quando você se der conta dará um chilique, ou alguma de suas puxas-sacos o alertará, e você receberá a constatação com um pouco mais de racionalidade.
Eu tentarei ficar calada. Ainda sexta-feira de manhã e eu já fazendo estes exercícios de grande esforço. Obviamente está longe de ser a vida sonhada. Mas também longe de ser a vida aceita.
Não aceito. Continuarei inquieta enquanto tiver de ouvir o tom de voz alto e grosso do capo. Do alto de sua montanha de dinheiro, enquanto negocia, pelo telefone, na minha frente, cinco passagens para o fim de ano na Espanha e em Portugal. Enquanto tenta descontar das horas-extras do motorista o dia de recesso que deu para toda a empresa. Enquanto diz em alto e bom som que comprou um laptop por R$ 6 mil (sem saber o péssimo negócio que fez). Enquanto obriga o faxineiro a entrar às 7 e sair às 19hs. Isso formalmente, porque ele sempre sai mais tarde e vez por outra entra mais cedo. Enquanto obriga os funcionários a entrar às 8 e sair às 18, reclamando quando realmente saem às 18hs. E sem lhes dar uma hora de almoço, quando na verdade deveriam receber duas.
Não quero a indiferença em relação a isso. Que tenha sua montanha de dinheiro, mas que tenha integridade e educação no trato com as pessoas.
He´s the hand that bites and the hand that feeds. Tratamento paternalista com as 15 mulheres bonitinhas que lá trabalham, ioga e acupuntura para os empregados, mas trambiques nas relações trabalhistas, chiliques porque não se pode conversar sobre assuntos pessoais na hora de trabalho e dinâmicas de grupo comandadas por sua filha para integrar o ambiente.
Quem cai na sua esparrela o chama até por um apelido. É um senhor bonachão. Construiu um patrimônio. Ouve música boa. Mas não me esqueço das grosserias. Da generosidade de fachada. E do quanto ele machuca meus ouvidos ao falar para “mim fazer”, “estrupo”, entre outras pérolas.

Sunday, November 05, 2006

Início da semana

Cada vez pior. A noite de domingo é difícil porque as perspectivas para os próximos dias são ainda mais complicadas. Ficar no trabalho torna-se cada vez pior nas últimas semanas. Nove horas sentada na cadeira. O sono equivocado bate. Pessoas estranhas à volta e nenhum interlocutor plausível neste tempo. Sinto solidão. E esta é a maior parte do meu dia.
Não há mais as saídas da época da campanha, a distração de ver o movimento e cenas esdrúxulas na rua. Agora é computador full time queimando minhas retinas.
Enquanto isso, o dono da empresa continua enlouquecendo em seu papel de empregador “porco capitalista” (por que não?) e tocando o terror na sanidade do local.
Critica os empregados por conversarem durante o expediente. Presenciou duas conversas de cinco minutos em dias consecutivos e chamou para o esporro.
“Vocês estão destoando do resto da empresa. Fico condoído com o problema de saúde da mãe da funcionária, mas vocês não precisam falar disso durante o expediente. O pai da outra funcionária está com câncer de pulmão e nem por isso ser fala sobre o assunto em horário de trabalho”.
É o fim dos tempos. Delicadeza de sentimentos não existe mais nestes locais. Estou em busca de um autismo saudável nestas dez horas diárias.

Wednesday, October 25, 2006

A dinâmica feliz

Fiquei devendo um post importante. Há cerca de um mês foi realizada a primeira dinâmica de grupo do meu trabalho. Sim, a primeira. A segunda está chegando aí, na próxima sexta, dia 27. Todos mês haverá uma. E estou adorando.

Para início de conversa, são três horas a menos de expediente para esta experiência enriquecedora. E no quesito diversão, tratou-se de um programa surpreendentemente fantástico.

A responsável pela atividade é ninguém menos que a filha do dono da empresa, que no início do evento garante, com a cara mais séria e profissional do mundo, que nada do que acontecerá ali será passado a seu pai. O objetivo, segundo ela, é – adivinhem – integrar a equipe. Integrar o motorista que mora em Campo Grande com as patricinhas da Barra, com a boêmia de Niterói, com o cara da informática isolado de todos, e por aí vai.... Mundos bastante semelhantes, como se vê.

À clássica apresentação - meu nome é fulano, eu faço isso - ela acrescenta um pedido para que as pessoas digam como estão se sentindo no início daquela nova experiência. Curiosidade, apreensão, receio. Fico espantada com a quantidade de sentimentos significativos além do puro deboche e desprezo que tal iniciativa poderia motivar.

Começam as atividades propriamente ditas. Enfileirados, os empregados têm que olhar fixamente uns nos olhos dos outros, trocando de parceiros, até que todos tenham que se olhar. Uns riem, outros aproveitam o momento para, de fato, analisar os colegas com um olhar interessado e penetrante, como que realmente querendo tirar algo daquela experiência.

Em seguida, a fila anda do mesmo jeito, mas cada um term que dizer ao outro uma qualidade. Trocamos elogios. Lindo. Eu e a menina da recepção, que entrara uma semana antes. Eu e a criatura grossa, que trabalha ao meu lado. Eu e as patricinhas micareteiras. Saio pela tangente, perguntando às organizadoras se posso fazer elogios materiais também. Sugestão aceita, resolvo alguns problemas falando bem da camisa de fulana, do cabelo de beltrana e da tatuagem de cicrana. Sim, porque no meu trabalho 95% das pessoas são mulheres.

A integração vai se consolidando.

Na última atividade aparecem os objetos que não podem faltar em uma dinâmica de grupo que se preze. Papel e caneta. Dessa vez não tivemos que formar grupos e traçar um plano para resgatar comida perto de um vulcão, com poucos recursos, como já fizera certa vez em dinâmica da Globo. A filha do chefe e sua auxiliar pediram que desenhássemos algo que nos representasse.

Começo a observar a proliferação de sóis ao meu redor. Na hora da apresentação, todos dizem que emanam luz, têm energia, se sentem fortes. O faxineiro se desenha um rodo e uma vassoura na casa. A copeira desenha uma moça com uma bandeja de café.

Quase três horas depois de me sentir como nos tempos de adolescente de colégio, em que tinha de conter o riso debochado por causa da cretinice de colegas e professores, chega o clímax. Olho à minha volta e vejo pessoas chorando, emocionadas. A rodada agora é para que digam o que acharam da experiência e o que levam para si.

O rapaz da informática, sempre isolado de todos e que fala sozinho enquanto trabalha, diz, depois de uma pausa de reflexão e suspiro, que leva amizade. Na segunda-feira seguinte foi seu aniversário. Apesar do quadro de aniversariantes pregado no mural, ninguém se lembrou e lhe deu parabéns.

No chororô a sala se entope de pausas para recuperar o ar e continuar a fala. Uma menina que mora na Barra (sai de casa antes das sete da manhã) dizia, limpando as lágrimas que não paravam de escorrer da cara inchada, que vinha para o trabalho sem nenhum problema, muito feliz, pois sabia que ali estaria em um ambiente onde se sente bem, onde encontra pessoas importante em sua vida. Outras choravam pelos elogios surpreendentes que ouviram na segunda atividade e pela frustração de não terem ouvido certas coisas de pessoas esperadas.

A pérola: uma das emotivas apresenta em sua fala, repleta de pausas para retomar o fôlego interrompido pelo soluço das lágrimas, uma trajetória emocionante. Trabalhara três anos em outro local e quando chegou à empresa se sentiu.... deslocada. Um momento difícil, que ela conta como se fosse incomum neste tipo de situação. Relata que com o tempo foi.... se integrando. Encontrou amizades e pessoas que gostam dela. A dinâmica teria sido quase que uma síntese da experiência naqueles cinco meses que se passaram, desde que chegara à empresa. O que ela levava da dinâmica de grupo? Pausa... Choro... Pausa...."As chaves de uma nova casa".

Momento difícil para mim. Olhei fixamente para o teto, senão o riso seria escancarado, alto, revelador. E para não me revelar quando perguntada sobre o que eu levava de tão nobre experiência, consegui me sair bem, sem o sincerocídio que às vezes me é peculiar.
"Levo surpresa e bom humor".

Estou animada para a próxima sexta.

Thursday, September 21, 2006

É possível

Há possibilidades. Há oportunidades. É preciso amar a si mesmo para poder amar alguém de verdade. É possível ser sereno e justo. É possível se desfazer de todo o rancor e sorrir, sem amargura, sem ironia. A ironia é supervalorizada, virou um cliché escroto e desbotado de inteligência. Fodam-se a ironia e o sarcasmo. Não quero mais disso.
Há possibilidades. É possível viver a vida contemplando e aprendendo. Parar é necessidade. Parar de falar, parar pra pensar, pensar antes de falar. Não falar nada. Dizer apenas o necessário, como se faz aos motoristas. O mundo não é feito só de morte, destruição, ódio, ignorância, arrogância. Não se deve ficar convencido disso, por maior que seja o bombardeio cruel das forças indestrutíveis. É possível desligar o televisor, o rádio, cancelar a assinatura do jornal. É possível deixar para lá todos os cronistas, colunistas, formadores de opinião, atores/cantores/modelos, celebridades e comentaristas. Há tanto mais para ser visto do que os olhos são forçados a ver. A publicidade é um crime contra a honra da humanidade.
A visão turva de uma embriaguez exausta abafa a alegria das idéias, o entusiasmo dos sonhos. As drogas nos transformaram em caretas conservadores e cínicos. O hálito mortal dos vampiros de almas nos oprime a clareza de viver. Eles estão em todo lugar. Se disfaraçam, são lindos, inteligentes, fascinantes. Ignore.
Viver é fácil. A vida é longa. Há possibilidades. Há oportunidades.

Monday, September 18, 2006

Transformando o escritório


Michael Durham nos mostra o caminho...
Vejam a sequência completa aqui